Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar
Toca o relógio sem cuco
Da horas à cusquice das vizinhas e eu,
Confesso as paredes de quem gosto
Elas conhecem-te bem
Aconchego-me nesta cumplicidade, deixo-me ir
Nos trilhos traçados pela saudade de te encontrar
Ainda onde te deixei
Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro, mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para alem da lua
Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...
E, nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Para o relógio
As vizinhas recolhem
Tu olhas-me...
Tu olhas-me...
Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro, mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para alem da lua
Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...
E, nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Para o relógio
As vizinhas recolhem
Tu olhas-me...
Tu olhas-me...
Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar