De quando em vez lá te entregas
Nesse sim em que te negas
Ou nesse não que me é tanto
Não te pergunto os porquês
Deste amar de quando em vez
Ou talvez de vez em quando
Quase sempre de fugida
Como criança escondida
Nosso amor brinca com o fogo
Se queremos dizer adeus
Porque dizemos: Meu Deus
Simplesmente um até logo
E o enleio continua
À mercê de qualquer Lua
Que nos comanda os sentidos
E a paixão que não tem siso
Deixa-nos sem pré-aviso
De corpo e alma despidos
Por teimosia ou loucura
Algemamos a ventura
Do amor em nós reencarnando
Prefiro, como tu vês
Amar-te de quando em vez
Ou talvez de vez em quando