Quem é que é fruto proibido
Apetecido, perseguido
És tu quem me dá largas ao desejo
Sem ter pejo, mal te vejo
E quem já foi costela do meu corpo
Agora gordo cambado e torto
Tu já foste o sal da minha água
Ficou a mágoa, sabes-me a mágoa
De repente apodreces
Como maçã de Adão
Seduzes e esqueces
Qual aventura de Verão
O veneno agreste
Que me deste a provar
Abriu esta ferida
Que não quer sarar
Agora ficou a mágoa
Agora ficou a mágoa
Por te não ter
Por te não ter
Por te não ter
Por te não ter
Quem beijou o chão que tu pisaste
Foi este traste, este desastre
E quem perdeu o senso do ridículo
E do real
Fui eu o tal
E quem ficou para contar a história
Duma alma inglória, esta alma inglória
Quem é que hoje morre lentamente
Vou na corrente, não vou na corrente!
Apodreces e cais
Como maçã de Adão
Seduzes e vais
Qual aventura de Verão
Apodreces e cais
Como maçã de Adão
Seduzes e vais
Qual aventura de Verão