Sabe, o mundo está mesmo
Do lado avesso
Não adianta, não tem recomeço
Tem que cair todos os presidentes
Tem que unir todos os pretendentes
E discutir uma nova união
Recomeçar botando o pé no chão
Não adianta todo mundo agora
Querer ficar com medo do ladrão
Sé vai pra além da nossa própria História
Roubar da Terra e não repor no chão
Tá? talvez eu olhe
O tempo do começo
Quem sabe eu tenha
Essa dimensão
No fim das horas, um clarão
Um vão
Um túnel pro espaço no porão
Torcer os povos num vulcão
Chover do Rio ao Pa - quis - tão
Água de orvalho em ca - da grão
Sabe, o mundo está mesmo
Do lado avesso
Não adianta, não tem recomeço
Tem que cair todos os presidentes
Tem que unir todos os resistentes
E discutir uma nova união
Recomeçar fincando o pé no chão
Não adianta todo mundo agora
Querer ficar com raiva do patrão
Se é da nossa própria natureza
Usar da Terra e não ter plantação
Tá? talvez eu olhe
O tempo do começo
Quem sabe eu tenha
Essa dimensão
No fim das horas, um clarão
Um vão
Um túnel pro espaço no porão
Torcer os povos num trovão
Chover do Rio ao Paquistão
Água de orvalho em cada grão
Cair do céu transmutação
Túnel do tempo no portão
Colher fumaça num vulcão
Verter em chuva no sertão
Plantar do fruto de Adão
Queimar no gás toda ambição
Levar o corpo à suspensão
Mudar um pouco a vibração
Desmanchar feito um furacão
Reter no mar ebulição
Reter no ar toda invasão