Ideia da cabeça, Inventa, esquenta.
Alimenta essa trança, dança linda, balança.
Invade essa moça, que despeja e desatina.
A magia, mulher, olhar que brilha, arte tão bela.
Vai dançando, Inventando, sedento de mais,
Daquilo que vai, não vem por um triz e diz que diz.
Num encanto do mistério,
Muito serio esse inverno,
Que invade intenso.
Preciso do calor.
Verão do teu olhar.
Esquenta meu pesar.
Que é só você todas elas juntas num só ser.
Aroma de romã no amanhecer.
Da prole, rainha, veio, é minha.
Estava sozinha, comigo caminha.
Sutiã, calcinha ao lado da cama,
Acompanha bom vinho, musa grega chama.
O mundo reclama de nossa junção.
Depois de dois sons foi, logo, paixão.
Retaliação, alma que quero.
Faço de um beijo amor eterno.
Por mais sincero fomos piegas.
Enlaçados batendo sempre na mesma tecla.
Viraste preta, pretinha de um novo baiano
E me perguntam onde foi que acertamos?
Claro, fascino no sorriso dela,
Ceci de Noel pro príncipe, donzela.
Nem as armas de Marighella me fizeram largar
Toda a beleza que me trouxe com um olhar.
Na sua mão me senti mais humano,
Dó no violão, Leão de Caetano.
Na escuridão da madrugada comigo invadiu.
Vieste a Pagu que ninguém viu.
Com cada fio de ébano ganhou a minha graça,
Tanta ideia na cabeça e o mundo nos abraça.
Resquício do amor.
Questão que vai calar.
Sustenta meu cantar.
Feito pra você, que é todas elas juntas num só ser.
Aroma de romã no amanhecer.