Faço na tentativa de saciar a nociva fome
Que me motiva e come os pulmões
Inspira enquanto expira expetativas
Acelera pulsações, cem razões explicativas
Empodera mutações sem fações estimativas
Onde sou mera quimera, qu'impera o imaginário
A moeda é monera então modera o monetário
Invisto na pobreza, rico é o vocabulário
Organizo quebra-cabeças sem pressa, Cesário (Verde)
Tenho peça à beça e cada dessas pesa
Como a terra a Petra
Aquece o bário, esquece o pário e o juízo
Base d'háfnio, ilumino subtis
Bulbo vulgo, faísca no meu giz
Brusco vulto, c'a Lisa na raiz
Curto o justo qu'iça, justiça o carisma
Julgo cool s'arrisca a flôr de Lis e cultiva
O qu'o úrico t'acida sativa um culto d'Avis
O único luxo qu'eu quis
E foi assim que eu disse e fiz
E idealizo um percurso sem Pis (3,14)
Bem longe do ideal, 'tou fixe, in peace
Só pedi Alicia e Keys, nunca pedi chatice
Nem uma white chemise
Chamas isso viver à farda? Isso é viver pá farda
Então eu parto a casca e visto uma t-shirt larga
No fundo a sociedade é uma empresa rasca
Presa na caixa, onde uma limpeza não basta
Devido à impureza vasta, vives pendente d'um horário
Enches o bolso da realeza, ciente de ser otário
No fim o empregado paga o euro (erro) da chefia
Por mim sou inspirado pelo conto da Sofia
Largo o programado, largo a rotina
'Tou com o olho inflamado, queimado na retina
Tudo o que eu retinha eram horas gastas
Ignora as histórias baças em inglórias tascas
Porque são mais as que choras do que às que
Imploras que voltem num flash.
Tudo o que eu retinha eram horas gastas
Ignora as histórias baças em inglórias tascas
Porque são mais as que choras do que às que
Imploras que voltem num flash.
Tudo o que eu retinha eram horas gastas
Ignora as histórias baças em inglórias tascas
Porque são mais as que choras do que às que
Imploras que voltem num flash.
Tudo o que eu retinha eram horas gastas
Ignora as histórias baças em inglórias tascas
Porque são mais as que choras do que às que
Imploras que voltem num flash.