A racionalização da minha fragilidade
Atormenta-me
Fechado em mim, eu já senti tudo, já vi tudo
Fingo quem eu sou
Este cancro alimenta-se de mim
Um mal-estar, de tudo, e um silêncio, frio
No desassossego, eu sinto-me absolvido
Na abstração, infinito
A minha história sem vida
Tudo em nós é acidente e malícia
Eu morro todos os dias
A tragédia principal da vida
Este soberano horror de ser
Vivo, o sórdido, quotidiano
Este cancro alimenta-se de mim
Um mal-estar, de tudo, e um silêncio, frio
No desassossego, eu jazo soterrado
Na abstração, sou vivo
A miséria
Eu vivo
A miséria
Eu sinto
Infinito