Esquina vazia (Dudu Pinheiro)
Um velho no bar, descansa atrás do olhar.
Lembrança... ê vida que endurece a alma.
Já não é mais o tempo de amar.
Um compositor, um bamba, bebendo o azar.
Levanta, se esconde atrás de um verso banal.
Corre o tempo... e a vida segue devagar.
Na porta do bar, criança, deitada no chão.
Se manda... ê vida que endurece a alma.
Já não é mais o tempo de amar.
Chorando, uma atriz se inflama, assistindo ao jornal.
Levanta, se esconde nos verbos de texto qualquer.
Corre o tempo... e a vida segue devagar.