Quando o sol se deita
No leito amarelo
Que a tarde arrumou
E a lua espalha
Seu lençol de prata
Sobre a imensidão
Eu saio pra rua
E no botequim
Em frente à casa dela
Eu fico esperando
Só pra ver chegar
A mulher que vive no meu coração...
E quando ela chega
De braços com outro
E a luz do quarto eu vejo apagar...
Vem em pensamentos
Os dois se abraçando
E assim vou beijando
O copo do bar
E nesse momento
Dessa angústia louca
Vejo ela sem roupa
E já vai se entregar...
E ele abraçando
O seu corpo divino
E assim vou sentindo
Meu mundo acabar...
Já é madrugada
E ela está cansada
E já saciada
Nem pode pensar
Que do outro lado,
Na outra calçada,
Eu embriagado
Me ponho a chorar
E nesse momento
Do meu desespero
Vem o cantineiro
Assim me falar
Batendo em meu ombro
Amigo vá embora
Já está na hora
De feichar o bar...