Garoto de rua
O que há diferente naquele moleque
Que dança, que corre, que masca chiclete,
Que erra e que acerta,
Como qualquer caçador?
O que há de indecente naquela figura
Que vara a noite sob a cobertura
De um céu estrelado sem luz e sem cor?
Tropeça na gente e leva a carteira;
Come um sanduíche e a cola cheira,
Na praça bonita e tradicional.
E assim, vira homem, ou quase homem;
E nunca se sabe qual o seu nome
O tratam apenas por marginal.
Autor: Elmar Herculano