Procuram as terras submersas,
Que dormem ocultas no líquido azul.
Segundo os mitos e as clássicas escrituras,
São locais solenes de brilho incomum.
Almejam também à pátria supraterrena,
Que voa invisível em algum lugar.
É ali que eles sonham (onde não há mais penas)
Içar-se eternos em ideias de lá.
Desejam ver no mar a Nova Atlântida eclodir.
No céu querem avistar a Nova Jerusalém surgir.
Não param de buscar, num ponto além daqui,
As regiões que hão de achar só quando acharem a si.
Quando mares e céus se encontram no fim do horizonte,
Saudade e anseio se mesclam então.
Pois reminiscências e intuições desses viajantes
Trazem à tona uma latente impressão.
E eles, em arroubo, sentem por perto as Novas Cidades.
Por isso, incessantes, procuram sinais.
No denso oceano ou na atmosfera há muitos lugares,
Que guardam mistérios de tempos atrás...