A minha fenda quer nascer na paz
De quem amassa um papel e o joga no chão
Como um por-do-sol
Mal desenhado e sem cor
Não tem dureza que não a estrangule
Nem flacidez que a aterrorize ?pois a faca existe
E eu quero e eu vou cortar
E vou nascer
E vou andar com o olhar vil
De quem amassa um papel e o joga no chão
Que se foda!
É tão animal me ser e obrigar ter um corpão
Que não me traz qualquer identificação
Ou satisfação
E que sustenta fome
Que resplandece uma
Desconexão com a alma.
Não, não tem exceção que
Contrarie a piscina em que
Vou mergulhar
Nudez e crueza
Gestos sutis e
Dignidade no olhar
Que vai surgir sem porteiro
Censurando meu adentrar
Eu vou sorrir
E me suspender no ar
Sim!