Abram portas e peitos, almas leves. Tragam flores nas mãos, ouvindo atentos. Armas fiquem lá fora no relento. Deixem que o pensamento se revele. A missão nessa casa é pura e clara. Despedir-se da dor enquanto é tempo. Aflorar os mais nobres sentimentos. E despir-se da angústia do samsara. À pé andou o terreiro. Salve o seu orixá. Quem é, de Ogum, guerreiro, nenhum temor terá. Nas três jóias confio e me liberto: na palavra, na luz, na gente unida. Celebrando a beleza dessa vida, eu me encontro sereno e mais desperto. Escutar o que em seu peito há contido. Descobrir a virtude onde há só mal. Religar-se com a força do ancestral. Ressignificar o amor vencido.