Homem/Mulher:
Filho da desgraça
Nascido pra sofrer
Conforme os dias passam
Fico mais longe de crer
Filho da desgraça
Nascido pra viver
Forte como uma máquina
Já me acostumei
Conforme o presente se arrasta
Mais desejo de ser
Aquilo que não gasta
O meu precioso tempo sem prazer
Deitado no meio do mar
Aqui eu posso relaxar
Filho do desastre
Tudo que eu toco acaba
Uma obra de arte
É o meu redor sem mais nada
Meu passado não existe
Já apaguei da minha mente
Sempre volta e insiste
Mas eu descarrego no que vier pela frente
Deitado no meio do mar
Aqui eu posso boiar
Confortável, sem ninguém
Aqui eu posso descansar
Impecável estou
Ninguém, nunca, conseguiu me bater
E se conseguiram, não doeu
Quase hora de acordar
Mas sem problemas: quando eu
Começar a afundar
Vou voltar a sonhar
Deus:
Filho da perfeição
Nascido pra reinar
Tudo que ele tocasse
Deveria brilhar
Em meio às trevas