Masturbo no dedo
Me viro de sono
E deito?
Ou recolho no leito
O dito e refeito
Esfrego no peito
E meto?
Meto o dedo na dor
Recurvo-me
Singro as horas.
Deixo sangrar a noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Meu corpo é incerto
Me acusa me afirma
Sou crua
De forma e sentido
Sou curvas, sou modos
Não nego quem sou e num grito
Grito toda esse amor
Recuso a dor
Sangro as horas
Rasgo o peito na noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Só a identidade sexual nos une -
Disseram os homens.
A única lei do mundo é o caos. sofrimento mascarado das ciências, de todas as ciências. De todas as formas de crença. De todas as formas de crença.
Identidade ou diferença - eis a irredutível questão.
Contra todos os reducionismos. Contra binariedade sexual.
Só me interessa que tudo seja eu. Que tudo seja meu! Lei do hétero. Lei do falo.
Estamos fartas do predomínio masculino no pensamento intelectual. O movimento QUEER acabou com a certeza de gênero e com os sustos da repressão sexual. As feministas negras gritaram contra a hegemonia do feminismo e pariu um novo olhar, o único olhar possível.
Foi porque nunca tivemos filósofas, nem registros de pensamento original? sedentárias do grande globo Brasileuro, a forja subalterna que nos colonizou.
À nossa existência. À nossa liberdade. Aos nossos corpos em todos os espaços. Aos nossos nomes em todos os livros. À nova época anunciada pelo sujeito mulher. À mulher de carne com o verbo nos dentes. À mulher de carne com a luta na boca.
JAMILLE - Manifesto do Puro Amor Lyrics
JAMILLE - Manifesto do Puro Amor Lyrics
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Masturbo no dedo
Me viro de sono
E deito?
Ou recolho no leito
O dito e refeito
Esfrego no peito
E meto?
Meto o dedo na dor
Recurvo-me
Singro as horas.
Deixo sangrar a noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Meu corpo é incerto
Me acusa me afirma
Sou crua
De forma e sentido
Sou curvas, sou modos
Não nego quem sou e num grito
Grito toda esse amor
Recuso a dor
Sangro as horas
Rasgo o peito na noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Só a identidade sexual nos une -
Disseram os homens.
A única lei do mundo é o caos. sofrimento mascarado das ciências, de todas as ciências. De todas as formas de crença. De todas as formas de crença.
Identidade ou diferença - eis a irredutível questão.
Contra todos os reducionismos. Contra binariedade sexual.
Só me interessa que tudo seja eu. Que tudo seja meu! Lei do hétero. Lei do falo.
Estamos fartas do predomínio masculino no pensamento intelectual. O movimento QUEER acabou com a certeza de gênero e com os sustos da repressão sexual. As feministas negras gritaram contra a hegemonia do feminismo e pariu um novo olhar, o único olhar possível.
Foi porque nunca tivemos filósofas, nem registros de pensamento original? sedentárias do grande globo Brasileuro, a forja subalterna que nos colonizou.
À nossa existência. À nossa liberdade. Aos nossos corpos em todos os espaços. Aos nossos nomes em todos os livros. À nova época anunciada pelo sujeito mulher. À mulher de carne com o verbo nos dentes. À mulher de carne com a luta na boca.
Me viro de sono
E deito?
Ou recolho no leito
O dito e refeito
Esfrego no peito
E meto?
Meto o dedo na dor
Recurvo-me
Singro as horas.
Deixo sangrar a noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Meu corpo é incerto
Me acusa me afirma
Sou crua
De forma e sentido
Sou curvas, sou modos
Não nego quem sou e num grito
Grito toda esse amor
Recuso a dor
Sangro as horas
Rasgo o peito na noite
Até raiar
Um eco
De puro amor
Só a identidade sexual nos une -
Disseram os homens.
A única lei do mundo é o caos. sofrimento mascarado das ciências, de todas as ciências. De todas as formas de crença. De todas as formas de crença.
Identidade ou diferença - eis a irredutível questão.
Contra todos os reducionismos. Contra binariedade sexual.
Só me interessa que tudo seja eu. Que tudo seja meu! Lei do hétero. Lei do falo.
Estamos fartas do predomínio masculino no pensamento intelectual. O movimento QUEER acabou com a certeza de gênero e com os sustos da repressão sexual. As feministas negras gritaram contra a hegemonia do feminismo e pariu um novo olhar, o único olhar possível.
Foi porque nunca tivemos filósofas, nem registros de pensamento original? sedentárias do grande globo Brasileuro, a forja subalterna que nos colonizou.
À nossa existência. À nossa liberdade. Aos nossos corpos em todos os espaços. Aos nossos nomes em todos os livros. À nova época anunciada pelo sujeito mulher. À mulher de carne com o verbo nos dentes. À mulher de carne com a luta na boca.
Writer: JAMILLE
Copyright: Lyrics © Tratore
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