Na doce manhã de um dia qualquer
A água fria que escorre em seu rosto cansado
Parece que o dia está chegando ao final
E que tudo não passa de um mero acaso
Seus demônios hoje acordaram cedo
E são poucas as verdades que refletem no espelho
Arraste o sofá para perto o sol
Tire a poeira de suas certezas
Então voe pela janela e sinta a dureza do chão
Afinal a vida não passa de um sonho
Será a morte uma doce ilusão?
A pequena parte de uma grande invenção?
No desfecho da noite as coisas ganham lugar
Aquela dúvida cruel que aquece seu corpo
O aroma da vela, do fogo apagado
A lembrança que veio e o sono levou
Um mergulhar profundo, leve, abismo
Esquecer por um tempo as coisas reais
Aproveitar o momento pra não sentir medo
E vagar na floresta escura dos seus ideais
Então voe pela janela e sinta a dureza do chão
Afinal a vida não apenas um sonho
Será a morte uma doce ilusão?
A pequena parte de uma grande invenção?