Não, não sente nada não
Tem empatia não
Ele está oco
Vai, casco sem coração
Vazado, frio vão
De ouvido mouco
Vê que o espelho é prisão
Porta pra escuridão
De um mundo oco
Cai, deserto da razão
Carro em contramão
Num giro louco
Sai, acorda da ilusão
Para de ouvir sermão
De santo oco
Se a nação tá sem noção
Pisa descalço o chão,
E esquece o troco
Vou, te pego pela mão
Sou teu estranho, não
Lembra do outro
Vem, volta pro centro, chão
Pensa no teu irmão
Do grito rouco