Um zaino boca esfolada
corcoveou com o Marculino
Mas o negro que é ladino
Não reza porque não chora
Mil Perdão nossa senhora
Que a religião na fronteira
Se batiza na mangueira
Com bagual pateando a espora...
Firma a rédea Marculino,
Apruma o corpo de gato
Que um campeiro é carrapato
No bagual que corcoveia;
Me garante essa peleia
A ferro e cabo de mango
Que hay carrerada e fandango
Nos campo do seu Golveia
Trago um santo galponero
Me desculpem as batinas
Que já roubei muita china
Cantando e sovando pingo
E fantasias de gringo
Na luxuria das igreja
Não combinam com vareja
No charque do meu domingo
Quem sabe é nessas carrera
Que gritemo-sem reserva
Juntemo uns troco pra erva
Nas pata da colorada
E até as boca pintada
Se agradem das pilcha nova
E peçam segunda sova
No cair da madrugada...