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O Preconceito Video (MV)






Luiz Gayotto - O Preconceito Lyrics




Se eu disse que eu não sou branco
Que eu sou preto, negão bem bacana
De cabelo tererê, de ascendência africana
Será que tu ainda casa comigo
Pra ter descendentes mulatos?
Será que eu sou o perigo
Que vai te assaltar no teu quarto?

Que diferença isso faz, se é que faz diferença
E se diferença fizer, tá na cabeça de quem pensa o que pensa
Você não tá entendendo nada?
Não tá me entendendo direito?
Deposita na tua privada
Do que é feito esse teu preconceito

Sabe aquele nosso amigo?
Hoje é gay, assumido e militante
Tá morando em San Francisco
Onde é rico e importante
Porque é que você tá chocado com essa revelação?
Será que agora vai xingar de viado
Quem até ontem era o teu "amigão"?

E aquela mulher, quase bonita quase feia
Na história alguns amantes,
Balzaca ainda solteira:
Será que ela consegue esse emprego?
Será que ela tem "valor"?
Com sorte ela até tem futuro
Mas será que ela descobre o amor?

Eu venho do interior, tenho sotaque nordestino
Eu moro na periferia, eu tenho cara de menino
Não uso roupa da moda, e tenho pouco dinheiro
Eu ando de cadeira de roda, ainda por cima sou maconheiro
Sou gordo e desengonçado, com a fala meio fina
Como eu tô desempregado, vendo o corpo na esquina
Sou casadão e bem careta, evangélico reacionário
Sou mendigo na sarjeta, e tenho um amigo presidiário
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Se eu disse que eu não sou branco
Que eu sou preto, negão bem bacana
De cabelo tererê, de ascendência africana
Será que tu ainda casa comigo
Pra ter descendentes mulatos?
Será que eu sou o perigo
Que vai te assaltar no teu quarto?

Que diferença isso faz, se é que faz diferença
E se diferença fizer, tá na cabeça de quem pensa o que pensa
Você não tá entendendo nada?
Não tá me entendendo direito?
Deposita na tua privada
Do que é feito esse teu preconceito

Sabe aquele nosso amigo?
Hoje é gay, assumido e militante
Tá morando em San Francisco
Onde é rico e importante
Porque é que você tá chocado com essa revelação?
Será que agora vai xingar de viado
Quem até ontem era o teu "amigão"?

E aquela mulher, quase bonita quase feia
Na história alguns amantes,
Balzaca ainda solteira:
Será que ela consegue esse emprego?
Será que ela tem "valor"?
Com sorte ela até tem futuro
Mas será que ela descobre o amor?

Eu venho do interior, tenho sotaque nordestino
Eu moro na periferia, eu tenho cara de menino
Não uso roupa da moda, e tenho pouco dinheiro
Eu ando de cadeira de roda, ainda por cima sou maconheiro
Sou gordo e desengonçado, com a fala meio fina
Como eu tô desempregado, vendo o corpo na esquina
Sou casadão e bem careta, evangélico reacionário
Sou mendigo na sarjeta, e tenho um amigo presidiário
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