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Luli Rodrigues - Disparo Lyrics



Luli Rodrigues - Disparo Lyrics




Essa rima começa de cara
Com cinco ou seis tiros num dia normal
É marcada de dor e injustiça,
Mas tanta conquista que cê paga pau

Quando Deus moldou esse corpo
Esculpiu o rosto, ficou satisfeito
É difícil explicar pra vocês
Que não só os brancos merecem respeito

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça
Imagina que o mundo é um tesouro
E as joias que eu falo
São pretos e pretas

Uma história assim de dor
Vou lhe contar
Água pro café
Trigo para o pão
Rosas do jardim perfumarão o ar (2x)

Um menino de cor e chinelo
Na rua de casa esticando o cerol
Corta a linha e dispara correndo
O muleque é um talento que brilha no sol

Só a mãe sabe o medo que passa
Ela pede a graça rezando pra Deus
Cuida Pai do meu filho querido
Esse anjo é a luz que o Senhor prometeu

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça
O Menino caído era gente
E isso indepente se tu o conheça

Uma história assim de dor
Vou lhe contar
Água pro café
Trigo para o pão
Rosas do jardim perfumarão o ar (2x)

O que eu conto talvez cê nao ligue
E até vitimismo cê diga que é
To aqui pra explanar um problema
E não pedir pena pra algum zé mané

Nessa rima que eu te cantei
O meu manifesto é pra te lembrar
Mulher preta de crespo e diploma
Como eu, mais um monte que vai governar

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça

Vidas pretas, tiradas a força
Na forca, no açoite e nas vagas de emprego também, nao se esqueça.
Nesse chão que tu pisa corre sangue de injustiça
Mas a gente resiste, a luta nos atiça
E nos permite à plenos pulmões gritar a uma voz só
São milhares de santos e santas que ouvindo estampido voltaram a ser pó

Ah, quantos dias faltam pra você, no seu lugar de privilégio
Encarar a estrutura racista que nos rege desde antes do colégio
Nossos gostos, escolhas, escutas e falas
Vêm de antes de nós
Eu tenho cara de culpada?
Pergunto, mas você não ouve a minha voz.
O olhar que me acompanha me transpassa
Seja dado por fardado ou civil
E nas periferias, aqueles como eu
Estão sendo observados também,
Só que na mira de fuzil

E às irmãs e irmãos que me ouvem:
Um salve!
Você nao tá só!
A revolução ja começou!
E agora é racista que vai virar pó!
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Essa rima começa de cara
Com cinco ou seis tiros num dia normal
É marcada de dor e injustiça,
Mas tanta conquista que cê paga pau

Quando Deus moldou esse corpo
Esculpiu o rosto, ficou satisfeito
É difícil explicar pra vocês
Que não só os brancos merecem respeito

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça
Imagina que o mundo é um tesouro
E as joias que eu falo
São pretos e pretas

Uma história assim de dor
Vou lhe contar
Água pro café
Trigo para o pão
Rosas do jardim perfumarão o ar (2x)

Um menino de cor e chinelo
Na rua de casa esticando o cerol
Corta a linha e dispara correndo
O muleque é um talento que brilha no sol

Só a mãe sabe o medo que passa
Ela pede a graça rezando pra Deus
Cuida Pai do meu filho querido
Esse anjo é a luz que o Senhor prometeu

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça
O Menino caído era gente
E isso indepente se tu o conheça

Uma história assim de dor
Vou lhe contar
Água pro café
Trigo para o pão
Rosas do jardim perfumarão o ar (2x)

O que eu conto talvez cê nao ligue
E até vitimismo cê diga que é
To aqui pra explanar um problema
E não pedir pena pra algum zé mané

Nessa rima que eu te cantei
O meu manifesto é pra te lembrar
Mulher preta de crespo e diploma
Como eu, mais um monte que vai governar

Vou devagar pra ver se entra na sua cabeça

Vidas pretas, tiradas a força
Na forca, no açoite e nas vagas de emprego também, nao se esqueça.
Nesse chão que tu pisa corre sangue de injustiça
Mas a gente resiste, a luta nos atiça
E nos permite à plenos pulmões gritar a uma voz só
São milhares de santos e santas que ouvindo estampido voltaram a ser pó

Ah, quantos dias faltam pra você, no seu lugar de privilégio
Encarar a estrutura racista que nos rege desde antes do colégio
Nossos gostos, escolhas, escutas e falas
Vêm de antes de nós
Eu tenho cara de culpada?
Pergunto, mas você não ouve a minha voz.
O olhar que me acompanha me transpassa
Seja dado por fardado ou civil
E nas periferias, aqueles como eu
Estão sendo observados também,
Só que na mira de fuzil

E às irmãs e irmãos que me ouvem:
Um salve!
Você nao tá só!
A revolução ja começou!
E agora é racista que vai virar pó!
[ Correct these Lyrics ]
Writer: Luli Rodrigues
Copyright: Lyrics © Tratore




Luli Rodrigues - Disparo Video
(Show video at the top of the page)


Performed By: Luli Rodrigues
Length: 3:22
Written by: Luli Rodrigues

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