Tantas sedas
São tantas sedas se acabando, sem fim...
Que me dou conta de que a vida urge
O quanto a lida arde
A cada amanhecer
Que estou pronta, quase mal passada,
Feito boi berrante, pra você comer.
Oh, fenda negra, te olhei de perto
Espelhos d?água, mar jogando verso
Raio de sol no picolé de manga
E o amarelo sangra, nos seus lábios, os elos
Qual o caminho pra dar meia volta,
Por que trilha torta devo seguir?
Guarda a noite vã que é minha, sozinha
Toda escolha tem sua perda,
Toda mulher, seu vão.
Deixa a lida,
A vida quer.
E me dou conta de que a vida urge
O quanto a lida arde a cada amanhecer
Que estou pronta, quase mal passada,
Feito boi berrante, pra você comer.