O holofote também traz o mal da vida
Tô nem aí, não
Sorriso falso com ferrugem na gengiva
Tô nem aí, não
Tô nem aí, não
O verme podre lambe a estrela
Na ilusão de ter sentido
A sensação que nunca sente
O verme podre sente a inveja
Escreve errado em linha reta
Nunca segue a sua seta
Pra quem não tem futuro
Pra quem não tem passado
Muito bem nestes dias difíceis
Escaravelho com recalque na mordida
Tô nem aí, não
Amor e ódio misturados na saliva
Não tem mais solução
Tô nem aí, não
Dá-lhe sal grosso, figa, espelho, olho grego
E todo galho de arruda que eu puder levar
Pé de coelho, crucifixo, água benta, alho, estaca
Em todo lixo que eu puder limpar
Pra quem não tem futuro
Pra quem não tem passado
Muito bem nestes dias difíceis
Batendo contra o muro
Jogado no asfalto
Nada bem nestes dias difíceis
Batendo contra o muro
Jogado no asfalto
Nada bem nestes dias difíceis
Pra quem não tem futuro
Pra quem não tem passado
Muito bem nestes dias difíceis