Se a questão é se entregar
Vai ter que mostrar e dizer ao que veio
Vai ter que se conhecer
Saber sustentar oque te faz cantar
Não ter medo de perder pois o mundo dá a volta
E te alcança em cheio, te abre o peito em fluxo de anseio de ser oceano pra amar
Sonhamos sonhos iguais
Mesmos ideais
Temos ainda que ver os continentes juntos
Temos tanto amor pra plantar em nossos jardins e nos jardins alheios
Não viemos no mundo a passeio
Se a questão é se entregar, vai ter mostrar dizer ao que veio
Não ter pressa ao chegar mas não viva a esperar tal momento perfeito
Sonhamos sonhos iguais
Mesmos ideais
Temos ainda que ver os continentes juntos
Temos tanto amor pra plantar em nossos jardins e nos jardins alheios
Não viemos no mundo a passeio
Lá vem ele mata a dentro, seu caminho desenhado pela ousadia do vento
A lua lhe canta a sinfonia dos antepassados, Okê arô, passa ele veloz como um cavalo
O olho na caça, é fartura ou nada, com seu ofá e eruquerê, de mão vazia não volta pra casa
Veste a capanga e vá que é trabalho, usa tua dança, teus pinduricalhos
Corre sabido, vá preparado, leva contigo tua poesia e o corpo fechado