Deita-te em mim,
Descobre onde estas,
Escuta o silencio,
Que o meu corpo te traz.
Nao me deixes partir,
Nao me deixes voar,
Como um passaro louco
Como a espuma do mar.
Sente a forca da noite
Como facas no peito,
Como estrelas caidas
Que te cobrem o leito.
Tenho tantos segredos
Que te quero contar
E uma noite nao chega,
Diz que podes ficar.
Da-me o tempo,
Da-me a paz,
Viver por ti nao é demais.
Da-me o vento,
Da-me a voz,
Viver por ti, morrer por nós.
Enfim nós os dois,
Os teus gestos nos meus,
Perdidos no quarto
Sem dizermos adeus.
Adiamos a noite,
Balancamos parados,
Pela ultima vez
Os nossos corpos colados.
Sente a forca que temos
Quando estamos assim,
Um segundo é o mundo
Que nos separa do fim.
Porque tens de partir
Quando ha tanto a dizer?
Eu nao sei comecar,
Nao te quero perder.
Refrao
(Eu gosto das formas que tomas,
Como o toque do cristal,
E dos vidros, dos poemas,
Da febre do metal)
Refrao
Pedro Abrunhosa - Voz, órgao, teclados.
Paulo Pinto - Guitarras.
Alexandre Almeida - Guitarra.
Claudio Souto - Teclados, analógicos.
Joao André - Baixo.
Alexandre Frazao - Bateria.