Vou nadando no miolo de um aquoso,
Vítreo diamante
Pasto morno, ouro velho, brisa triste,
E nem mais me lembro
Cordilheira passageira, amarelo
Chão de flor mineira
E o mendigo (meu amigo) me deseja
Sorte num instante
Sobranceiro, o ipê desponta como lança de soldado
Amarelo que você duvida como possa perdurar.
Viajantes, de manhã, catando lenha pra acender o sol
E a gente sem saber aonde ir, tampouco aonde chegar.
Falta nuvem nesse céu furado pelas pontas das estrelas.
E nas pedras onde ando, escuto
Vozes num enxame
E as vacas, num cardume, navegando
No mar de montanhas
As aranhas, num aquário,
Reinventam suas nadadeiras
E a Deusa Natureza tem cloaca
Numa ribanceira