Sou do homem o arpão
A lã que afasta seu frio
Quando o cais se vai
Sou seu cachimbo vazio
Sou suas botas sobre o convés,
No retrato que sumiu...
Sonha com as flores dos campos
Enquanto navega em silencio
Sonha com as cores dos campos
Enquanto luta contra o vento
És para o mar ninguém
Em tuas terras és um rei
És o mais bravo dos heróis
Mestre das águas e dos faróis
Longe ainda está o dia,
E as estrelas, velhas amigas
Flutuam junto ao Cruzeiro do Sul,
O seu único guia
Ele pensa em Deus,
Pensa em suas Marias...
Reza pelas três que serão quatro
No próximo mês
És para o mar ninguém
Em tuas terras és um rei
És o mais bravo dos heróis
Mestre das águas e dos faróis