Sol aberto e solidão
E o jeito só dela
Família amante companheira
Não tem respostas fáceis
Quantas horas faltam para o amor
Pela parte que amo pode virar dança
Linhas misturadas novelo de lã
Cedo
Falo pra insistir desistir
Quarto de paredes nuas para volver a vida
Entre o medo e a vontade
Ninguém fica tanto tempo só
Uma forma pra esse chão que pergunta
Acontece que depois dos sonhos nunca mais fui a mesma
Da mulher solitária
Da mulher solitária
Ela a rua a rua entrava nela
Na flor da idade
E eu faço força pra entender
Porque eu sonhava ombro pra repousar e sentir a vida triste e feliz
Das mulheres puídas pelo acaso
Mais leve e caminhar no pé descalço
A coisa inacabada
Meu nome pode abandonar o medo e dissolver
É preciso atenção para ouvir reclames mudos
E a sina do silêncio sem testemunha
E a música inventada
O dia entra na luz da janela
Querer enviesado
O peito o coração a cabeça os olhos
Era apenas o que eu era
Entre o contorno do corpo e o mundo nenhuma barreira
Ela segura a passagem do tempo deseja e espera
As mãos abertas tratavam de salvar
O corpo em chamas
Podia tudo, podia nada
Queria palco, não a morte
Se ramifica em outros tantos
A solidez da palavra me livra das outras vertigens
Amor sempre amor sempre
Ela me pede
Inventário de Mulheres possíveis