Movido pelo tumulto, bradei à terra trovões
Investi contra os demais, faltou-me rédea e travões
Coberto, a sós, em frio abrigo, protelando essa vastidão
De mundo que clama ao meu ouvido: liberdade pelo sangue irmão
Só para ficar para sempre, fiz-me existir remoto
Dobrando as terras sofridas, travando as guerras dos outros
Só por engano, o inimigo quis provar desse pão
Roubado à fome e embebido no amargo do sangue irmão
Vem da cegueira, vem de uma miragem
Os sinos dobram por quem está de passagem
Coberto, a sós, em frio abrigo, protelando essa vastidão
De mundo que clama ao meu ouvido: liberdade pelo sangue irmão
Só por engano, o inimigo quis provar desse pão
Roubado à fome e embebido no amargo do sangue irmão
No fim, quem os fez dobrar?
No fim, quem os fez dobrar?