O cigarro de menta
Sujo com o seu batom
Fazendo hora no cinzeiro
A cabeça mente
Pro coração não perdoar
É o oxímetro que mede teu desespero
A sombra que esfria
A alma sai
A carcaça vazia molha a sede
De cachaça e ilusões reais
Na sombra de um abacateiro
Germinando com germes e amigos
A flor do teu cabelo a cor do teu vestido
Os teu passos que na terra seca reluzem ao ecoar
A estrelas que invejam planetas e profanam o luar
Na embriaguez sonhar com calçadas
A fome na boca da morte
Salivando desilusão
É o precipício visto
Do seu próprio umbigo
São os raios em junho
Que não te caça nem deixa dormir
Na sombra de um abacateiro
Germinando com germes e amigos
A flor do teu cabelo a cor do teu vestido
Os teu passos que na terra seca reluzem ao ecoar
A estrelas que invejam planetas e profanam o luar