Dona, a noite abriu uma rota
O verde e o vento nos sopra
Por onde iremos sumir agora
Ouça, não vire uma memoria
Depois que você for embora
Por que não pairar entre os vãos?
Virarmos constelação
Afora, supernova
Você não crê, mas
Me deu a mão
(Dona, Oh dona)
Mao pra atravessar milênios,
(Oh dona, Oh dona)
Nos a levitar, nascer terçóis
(Me deu a mão)
Dona, já faz um tempo agora
Te conheci na escola
Poderia ser a mesma historia
Mas não, a gente abriu uma porta
Que deu no fundo: a grota
Pegadas cintilaram o chão
Que eram nossas e então
Demora, nos devora
Mistério e ilusão
Não sei se...
(Dona, Oh dona)
Vamos pernoitar
(Oh dona, Oh dona)
Milênios sós
(Me de a mão)
E levantar
(Me deu a mão)
Um dia após
(Dona, Oh dona)
Você voar
(Oh dona, Oh dona)
Ou atar nos
(Me de a mão)
Para ficar
(Me deu a mão)
Medrar ser só
Não há um fim tão antes da morte
Talvez a gente de sorte
Vivendo nossa invenção
Você e eu sendo ou não
Amantes, o instante
Outra encarnação
Pra dizer...
(Dona, Oh dona)
Feito pra quedar
(Oh dona, Oh dona)
Dentro da foz
(Me de a mão)
Da alma esta
(Me deu a mão)
Os teus lençóis
(Dona, Oh dona)
Pra atravessar
(Oh dona, Oh dona)
Milênios, nos
(Me de a mão)
A levitar
(Me deu a mão)
Nascer terçóis
(Dona, Oh dona)
E pernoitar
(Oh dona, Oh dona)
Milênios sós
(Me de a mão)
E levantar
(Me deu a mão)
Um dia após
(Dona, Oh dona)
Você voar
(Oh dona, Oh dona)
Ou atar nos
(Me de a mão)
Para ficar
(Me deu a mão)
Medrar ser só
(Oh dona)