São quase duas
A cidade muda
Na rua ninguém
Neblina e fumaça
Nada além de mim me ameaça
Só o vazio
Por trás da vidraça
E alguma coisa em mim que não passa
Que embaça
Uma espécie de dor
E alguma coisa em mim me inquieta
Me aperta
Me faz ver quem eu sou
Você não vê o que faz
Tirou minha paz
Ou volte agora
Ou não venha mais
Você não vê o que faz
Tirou minha paz
Ou volte agora
Ou não venha mais
São três e tanta
Tudo é distância
Só a lembrança que me corrompe
Só eu olhando o telefone
Mas nada te alcança
Madrugada insone
E alguma coisa em mim
Que não tem nome
Se você some
Se me esquece
E alguma coisa em mim amanhece
Já deu cinco horas
Você não merece
Você não vê o que faz
Tirou minha paz
Ou volte agora
Ou não venha mais
Você não vê o que faz
Tirou minha paz
Ou volte agora
Ou não venha mais